Durante um discurso em Ohio para apoiar um candidato ao Senado, o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez uma declaração polêmica ao mencionar um possível "banho de sangue" caso não vencesse as eleições para a Casa Branca no final do ano. No mesmo evento, Trump voltou a criticar a política de imigração adotada pela atual administração.

No palanque, enquanto endossava Bernie Moreno, candidato republicano às primárias do Senado, Trump mencionava a indústria automobilística quando soltou a polêmica frase: "Agora, se eu não for eleito, vai ser um banho de sangue. Isso será o de menos. Vai ser um banho de sangue para o país".

Posteriormente, acrescentou: "Não acredito que haverá outra eleição neste país se não vencermos esta. Certamente não será uma eleição significativa". O discurso, sem muitos detalhes, gerou críticas por parte dos adversários e explicações por parte dos aliados.

James Singer, porta-voz da campanha de Biden, analisou: "Ele quer outro 6 de janeiro, mas o povo americano lhe dará outra derrota eleitoral em novembro, pois continua a rejeitar seu extremismo, sua afinidade pela violência e sua sede de vingança". Nancy Pelosi, ex-presidente democrata da Câmara dos EUA, também condenou os comentários, questionando o significado de "banho de sangue" e ressaltando que isso não é o que o país representa.

Por outro lado, o senador Bill Cassidy, da Louisiana, defendeu o ex-presidente, argumentando que a expressão poderia ser interpretada como um desastre econômico, principalmente quando se discute a indústria automobilística em Ohio. Mike Pence, ex-vice-presidente de Trump, também amenizou a situação, afirmando que ele estava se referindo ao impacto das importações na indústria automotiva americana.

Além disso, Trump aproveitou o discurso para mais uma vez criticar os imigrantes, alegando, sem qualquer prova, que países estrangeiros estavam "esvaziando" prisões e instituições mentais para enviá-los aos EUA. Suas declarações foram duramente contestadas por diversos setores políticos.